quinta-feira, 14 de junho de 2012

Rio de Janeiro - Parte 4 (continuação)


O Museu nacional como instituição científica do Brasil e o maior museu de história natural e antropológica da América Latina. Criado por D.João VI, em 06 de junho de 1818 e, inicialmente, sediado no Campo de Sant’Anna, serviu para atender aos interesses de promoção do progresso cultural e econômico no país.
Originalmente denominado de Museu Real, foi incorporado à Universidade do Brasil em 1946. Atualmente o Museu é integrado pela UFRJ e esta sediado, nos dias de hoje, na antiga residência imperial, em São Cristovão( bairro imperial com diversas construções de uma época remota) na Quinta da Boa Vista.



Durante sua existência, o prédio do Paço de São Cristóvão ou Palácio Imperial, sofreu diversas transformações, D. Pedro II o ampliou em 1850 transformando o em  um magnífico palácio em estilo neoclássico, obra iniciada pelo arquiteto português Manoel da Costa, que foi substituído pelo Frances Pedro Jose Lazaret. O objetivo das alterações arquitetônicas era o palácio ser solidificado como lugar que emana o poder imperial durante o Segundo Reinado, visando reforçar a construção do Estado Nação. Para isso, D. Pedro II contou com seus súditos, em especial com segmentos da nobreza brasileira, que acompanharam e apoiaram o monarca nos usos dos símbolos e rituais de fortalecimento do poder monárquico. Para desempenhar essas ações, utilizou como palco privilegiado a sua residência.

A família real  viveu por longo período neste palácio e o mesmo tornou-se testemunha de diversos momentos importantes na História do Brasil.


Vista da Quinta com o Paço de São Cristóvão cerca de 1820, antes da reforma neoclássica. O edifício tinha um único torreão. Reparem que o portão de entrada que aparece nesta antiga foto, em frente ao paço encontra-se atualmente na entrada do Jardim Zoológico do Rio de Janeiro que integra mais um espetáculo, à Quinta da Boa Vista(foto abaixo).





Nos primórdios dos séc. XVI e XVII a área pertencia a uma fazenda da ordem dos Jesuítas. Tendo sido os mesmos  expulsos em 1759 e houve o desmembramento e a parte de terra que hoje se conhece como a Quinta da Boa Vista  PASSOU A SER PATRIMÔNIO DA FAMÍLIA REAL.





























Após o casamento com D. Leopoldina, D. Pedro II passou a residir no Paço também. Ali nasceram a futura rainha de Portuga, sua filha D. Maria II e o futuro Imperador do Brasil, Pedro II. Foi na Quinta que D. Leopoldina  faleceu, em 1826, de parto.


A vida pregressa amorosa de D. Pedro II é conhecida por todos, próximo à Quinta, em um casarão presenteado por ele mesmo, vivia Domitila de Castro Canto e Mello, a conhecida Marquesa de Santos, sua favorita, com quem teve vários filhos.




O Solar da Marquesa de Santos foi tombado pelo IPHAN em 1938, hoje é conhecido como o Solar da Marquesa de Santos ou Museu do Primeiro Reinado e, atualmente, encontra-se em obras de restauração. Como o nome sugere o Museu, criado em 1970, foi criado para a  preservação da memória da passagem da família Real no Brasil.

Também chamado de Palacete do Caminho Novo, o  edifício possuí 2 pavimentos com traços do barroco colonial uma vez que foi reformado a partir de uma construção anterior. A decoração interna é requintada e foi entregue a artistas de renome na época.

Após reformas na época de D. Pedro I,  o prédio ganhou o atual pórtico com frontão clássico ladeado por 2 volumes laterais idênticos. A decoração interna foi elaborada por diversos artistas de renome da época.



Segundo historia, diz-se que o túnel acima,  que se encontra debaixo da escada, era passagem de D. Pedro I para a casa da amante. Das janelas de seu palacete o mesmo a vigiava, pois o solar é ladeado de janelas, talvez propositadamente.

Mas Domitila morou nele por pouco tempo (1826 a 1929) pois seu romance com D. Pedro I termina quando o mesmo casa-se com outra, após a morte de sua primeira esposa Leopoldina.

Enfatizo  que este rico acervo está sofrendo restaurações e que o mesmo ficou abandonado por descaso por muitos anos.

Solar a parte, voltemos ao Palacete Imperial, hoje Museu Nacional....

No Palácio de São Cristovão também nasceu e cresceu Pedro II , que em idade adulta  empreendeu diversas reformas  na propriedade, tais como obras de embelezamento dos jardins, executadas por volta de 1869 com projeto do paisagista francês Auguste François Marie Glaziou,  as quais, muitas características originais permanecem até os dias atuais, como a Alameda das Sapucaias, um lago onde hoje pode-se andar de pedalinhos e outro onde se encontra uma gruta artificial onde pode-se alugar canoas a remo.
No Paço também nasceu a Princesa Isabel  , filha de D. Pedro II com D. Teresa Cristina.





A grande área da Quinta serve para os moradores como área de laser e de práticas de esportes como caminhadas e corridas e é ótima para um piquenique(convescote imperial por assim dizer - risos)

Não deixem de conhecer...as crianças irão ficar encantadas com a vegetação e os animais do Zoológico. Bom Passeio...boa história.









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